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Basta que dois desses números troquem de posição entre si para que mude completamente nossa interpretação do novo número formado e do valor que ele passa a exprimir:
Qualquer um que bata o olho no número 579 conhece seu significado quantitativo e sabe exatamente o quão diferente ele é do número 975. Outra coisa que não pode ocorrer de maneira nenhuma é termos dois números numa mesma caixa, ou escala de grandeza; por exemplo, no número 579, o 7 não pode ocupar a mesma caixa do 9 (a caixa das unidades) e deixar a casa das dezenas vazia, pois essa combinação passa a não ter nenhum significado numérico. Apesar dessas regras nos soarem demasiado óbvias, e de normalmente não percebermos as engrenagens do sistema posicional em funcionamento, são elas que tornam nosso sistema numérico tão poderoso e eficaz. Reavivada a memória, comecemos falando da mais básica das quatro operações aritméticas: a soma, e de como ela era realizada pela nossa já conhecida civilização egípcia. Para isso, vamos também relembrar os sete símbolos utilizados pelos egípcios para representar qualquer número:
Pois é... Já deu para perceber que os egípcios não utilizavam o sistema posicional, colocando seus símbolos numéricos onde julgassem mais conveniente. E precisavam desenhar um bocado para representar uma simples soma entre dois números. Observe que o número 975 necessita de nada menos que vinte e um hieróglifos para ser devidamente representado e o número 27, nove hieróglifos. Os pés andando para frente, como já vimos, simboliza uma soma (já que o sentido da nossa leitura é sempre da esquerda para a direita). Bom, agora que estamos nessa sinuca de bico, só nos resta somar os números, conforme a regra egípcia, que é a seguinte: primeiro, junte todos os hieróglifos, conforme a seguir:
Agora, toda vez que um determinado símbolo ultrapassar dez unidades, substitua-o pelo símbolo imediatamente superior, iniciando sempre pelo símbolo de menor valor. Então vamos lá, começando pelas unidades: temos doze traços verticais; logo, dez deles devem ser substituídos por um pedaço de corda, restando dois traços verticais. O resultado é este:
Referências bibliográficas:
| [1] | Fink, K. G. “A brief history of mathematics”, The Open Court
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| [4] | Heath, T. “A history of Greek mathematics – Volume I: From Thales to
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  universe”, Jonathan Cape, 2004. ISBN: 0-224-04447-8. | 
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